02/03/2016 09h12 - Atualizado em 09/11/2016 12h09

Resultados da perícia da Polícia Civil são aprovados pelo programa de controle de qualidade da ONU







Programa de qualidade da ONU aprova resultados da perícia da Polícia Civil


A Polícia Civil, por meio do Laboratório de Química Legal da Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC), é o mais novo aprovado pelo Programa de Proficiência do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (Unodc), da Organização das Nações Unidas (ONU).  






Em sua primeira participação no Exercício Colaborativo Internacional (ICE), a perícia da Polícia Civil obteve 100% de acertos detectados nas amostras fornecidas pela Organização, que reconheceu a qualidade dos resultados das análises produzidas pela perícia capixaba. “Essa certificação é muito importante para a Instituição e decorre de todo o investimento realizado nos laboratórios associado à alta capacidade técnica de nossos peritos”, avalia a chefe de Polícia, delegada Gracimeri Gaviorno. 


O estudo faz parte do programa de controle de qualidade promovido pela ONU, que analisa a capacidade dos laboratórios em detectar os diversos tipos de entorpecentes, inclusive aqueles que ainda não chegaram ao Brasil. Cerca de 200 laboratórios ao redor do mundo já possuem essa certificação.






No caso da perícia capixaba, quatro amostras de substâncias desconhecidas foram entregues para que os peritos capixabas fizessem a identificação. Segundo a perita criminal Bianca Bortolini, uma das responsáveis pela realização dos exames, além das amostras, os peritos também receberam uma lista com as drogas que poderiam ser encontradas e alguns padrões de referência, que são amostras de substâncias puras, nas quais há a composição e a concentração exata da droga, entre elas algumas que ainda não chegaram no Estado. 


“Incialmente fizemos um teste de triagem com ajuda do cromatógrafo gasoso, e, em seguida, um teste de identificação, que serve para confirmar o que foi identificado. Detectamos drogas como cocaína, metanfetamina e anfetamina. Em seguida, enviamos os resultados para o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (Unodc), o qual nos informou que obtivemos 100% de acertos nos resultados”, explicou a perita criminal Bianca Bortolini.“Esse tipo de exercício ajuda a revelar as dificuldades que nós, e os outros laboratórios participantes, temos e a ainda ajuda a criar padrões e metodologias parecidas, que dão mais respaldo aos resultados alcançados pelos peritos”, disse ela.






Ela avalia a participação no exercício como muito importante, pois além de dar mais credibilidade aos resultados emitidos pela perícia capixaba, o exercício contribui para a avaliação das dificuldades dos laboratórios. “A nossa participação no exercício bem como o resultado alcançado é algo satisfatório para nós, já que conseguimos comparar as nossas análises com as dos outros laboratórios participantes. Além disso, exercícios como esse ajudam a criar padrões e metodologias parecidas, que dão mais credibilidade aos resultados alcançados pelos peritos em todo o mundo”, afirmou.






Além da perícia capixaba, também participaram os laboratórios das polícias civis de São Paulo, Minas Gerais, Paraíba, Santa Catarina e Distrito Federal. 


 


UNODC


O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc) atua no Brasil desde 1990 com apoio do Governo Federal. Um dos objetivos do Unodc é promover o intercâmbio de boas práticas e de soluções no controle de drogas ao redor do mundo.


 


 


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