Policiais civis prendem pai e filho suspeitos de venderem medicamentos controlados pela internet
Policiais civis que atuam na
Delegacia de Repressão aos Crimes Eletrônicos (DRCE) prenderam, na tarde dessa
segunda-feira (29), um homem de 54 anos e o filho dele de 29 anos, suspeitos de
venderem medicamentos controlados pela internet sem a retenção da receita
médica. A prisão foi feita, em flagrante, na casa dos detidos localizada no
bairro São Diogo, município de Serra. No local, os policiais apreenderam mais
de 27 mil comprimidos, R$30 mil, em cheques, além de material para manipulação
e produção de medicamentos, embalagens e etiquetas. O modo de atuação da dupla
surpreendeu a polícia. Havia até uma espécie de cartão fidelidade.
Segundo a responsável pela
operação, delegada Carolina Brandão, que está respondendo pela DRCE, as
investigações foram iniciadas após os policiais receberem uma denúncia feita
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de que um site estaria
sendo usado para vender medicamentos como antidepressivos e até fórmulas para
emagrecimento. “A partir disso, nós
rastreamos o site e descobrimos que eles criaram uma farmácia de “fachada” para
vender os remédios. Em seguida, identificamos o gestor e confirmamos a
denúncia. Diante disso, solicitamos à Justiça um mandado de busca que foi
cumprido pelos policiais nessa segunda–feira (29) e efetuamos a prisão dos
suspeitos em flagrante”, contou.
Segundo a delegada, a página na
internet funcionava como um site de vendas normal, em que os medicamentos eram
anunciados, sem qualquer tipo de disfarce, os clientes efetuavam a compra e, em
seguida, o pagamento. “As vendas eram realizadas há cerca de dois anos sem
qualquer tipo de controle. Entre os produtos havia remédios para emagrecimento
e antidepressivos que eram enviados para todo o Brasil. A organização com que
eles atuavam surpreende, pois havia até uma espécie de cartão fidelidade”,
disse.
Em relação aos comprimidos manipulados
apreendidos no local, a delegada afirmou que a substância encontrada no
interior das cápsulas foi encaminhada para perícia.
Pai e filho foram autuados por
tráfico de drogas e por alteração de produtos destinados a fins medicinais,
ambos considerados crimes hediondos.
“Durante os depoimentos, eles confessaram o crime e foram encaminhados
para serem ouvidos na Audiência de Custódia”, informou Carolina.
Ela afirmou que as investigações
continuam. “Agora o nosso objetivo é descobrir quem são os fornecedores desses
medicamentos bem como os compradores”, concluiu a delegada.
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