Policiais civis localizam esconderijo usado por suspeitos que tentaram sequestrar casal de empresári
Em continuidade às investigações sobre
a tentativa de sequestro de um casal de empresários em Cariacica, a equipe da
Delegacia Antissequestro (DAS) conseguiu localizar uma casa no Bairro Morada da
Barra, em Vila Velha, que era usada como esconderijo pelos suspeitos.
O local foi descoberto na última sexta-feira
(29), um dia após os policiais prenderem F. Q. B., 61 anos, os irmãos L.B.S.,
49 anos, e J. L. S. R., 59 anos, e F.S.C., 32 anos, filho de J. L. S. R. Outros
dois suspeitos de integrarem a associação criminosa, identificados como J. F.
A. e J. C. R., estão detidos em presídios do estado de São Paulo.
As investigações
apontaram que a casa em Vila Velha foi alugada por J. F. A. em janeiro deste
ano. No local os policiais encontraram uma pasta de couro contendo diversos
documentos, uma caixa de papelão com dois aparelhos celulares; quatro toucas
ninja; cinco luvas; duas fitas adesivas; doze abraçadeiras de nylon; dez
pedaços de corda de, aproximadamente, um metro cada e um par de placas
pertencentes ao veículo utilizado pelos detidos durante o crime e que está
registrado em nome de J. L. S. R.
Segundo o delegado
responsável pela DAS, Celso Felipe Ferrari, a casa abandonada seria usada pelos
suspeitos como cativeiro para futuras ações.
Os suspeitos estão
presos no Centro de Triagem de Viana (CTV) e J. L. S. R. está no Centro de
Detenção Provisória Feminino de Viana (CDPFV).
As prisões
Os quatro suspeitos
de tentarem, por cinco vezes, sequestrar um casal de empresários em Cariacica,
foram detidos na última quinta-feira (28), durante uma operação realizada por
policiais civis da Delegacia Antissequestro (DAS), com apoio do Núcleo de
Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc) e de policiais
militares.
Os quatro mandados
de prisão expedidos pelo Juiz da 3ª Vara Criminal foram cumpridos em Cariacica.
De acordo com o titular da DAS, delegado Celso Felipe Ferrari, os crimes foram
cometidos entre novembro de 2015 e abril deste ano. “As investigações tiveram
início em dezembro do ano passado. Após oito meses de trabalho, conseguimos
elucidar os fatos e identificar a maioria dos integrantes dessa associação, que
conta com pessoas daqui do Espírito Santo e também do estado de São Paulo”,
informou.
Entre os detidos
está F. Q. B., que é ex-cunhado do empresário, mentor e mandante
dos crimes. “Ele custeou a estada dos membros da associação criminosa que vieram de
São Paulo. Além disso, ele é apontado como o responsável por informar aos
sequestradores que havia uma alta quantia em dinheiro na residência das
vítimas. Ainda estamos investigando esse fato e a real motivação do crime”,
disse Ferrari.
Segundo as
investigações, L. B. S. foi o responsável por levantar a rotina diária das
vítimas e participou ativamente das tentativas de sequestro. “Ele aparece nas
imagens dos dias do arrombamento e da tentativa de sequestro da empresária,
andando a frente da vítima e indicando-a para os outros suspeitos”, explicou o
delegado.
Com relação à
participação de J. L. S. R., que é irmã de L.B.S. e mãe de F.S.C., Ferrari
disse que ela emprestou o veículo utilizado pelos suspeitos nas tentativas de
sequestro. “Além disso, ela tentou atrair o filho dos empresários para uma
emboscada”, contou.
Ainda segundo o
delegado, F.S.C. foi o responsável por alugar a casa em que os integrantes da
associação ficaram durante todo o tempo em que tentaram sequestrar as vítimas.
“Ele tinha pleno conhecimento de todas as atividades realizadas pelos suspeitos
e também esteve no local no dia em que eles tentaram sequestrar a empresária”,
informou.
Os crimes
A primeira tentativa de sequestro ocorreu em novembro do ano passado quando
dois homens desconhecidos abordaram o empresário, no portão do prédio onde ele
mora em Campo Grande, Cariacica. “Eles anunciaram o sequestro, ordenaram que a
vítima os acompanhasse até um carro estacionado nas proximidades, mas a
empresária reagiu e saiu correndo, gritando por socorro, conseguindo afugentar
os sequestradores”, disse o delegado.
No mês seguinte,
seis suspeitos tentaram arrombar o portão do prédio onde as vítimas moram, com
o intuito de sequestrá-las dentro de casa, mas não tiveram êxito. Quinze dias
depois, cinco membros da associação, utilizando duas motocicletas e um veículo,
tentaram sequestrar a empresária. “Eles abordaram a vítima na rua, próximo ao
local de trabalho dela, mas ela reagiu e conseguiu se safar da ação dos
criminosos, recebendo apoio das pessoas que estavam nas proximidades”, contou
Ferrari.
Uma semana depois,
J. L. S. R. foi até a empresa da família das vítimas alegando estar interessada
em comprar um veículo oferecido à venda pelo filho dos empresários. “Ela tentou
convencer o rapaz a sair de carro com ela, a fim de dar condição para que os
demais integrantes da quadrilha o sequestrassem, mas o rapaz não aceitou e a
suspeita desistiu da ação”, afirmou o titular da DAS.
Já no mês de abril
deste ano, quando a empresária saía de casa para ir ao trabalho, sofreu nova
tentativa de sequestro por parte dos suspeitos. “Na ocasião eles utilizaram,
novamente, o mesmo veículo, com placa clonada”, informou o delegado.
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