20/08/2015 11h09 - Atualizado em 09/11/2016 12h22

Deten apreende quase uma tonelada de drogas em um trimestre


 



Em três meses de operações, a equipe que atua na Delegacia Especializada em Tóxicos e Entorpecentes (Deten) apreendeu quase uma tonelada de drogas. Os bons resultados apresentados entre os meses de maio e início deste mês têm uma explicação: o reforço no efetivo da Delegacia, com a chegada de mais três delegados designados para combater o tráfico de drogas na Grande Vitória.  Ao todo são quatro delegados de polícia que possuem suas ações divididas, mas integradas em prol da sociedade capixaba.



Neste período foram apreendidos mais de 500 quilos de maconha, além de 737 buchas da mesma droga; 3,645 quilos de cocaína divididos em papelotes e em pasta base; 436 gramas de crack; 70 comprimidos de ecstasy; dois pés de maconha e R$ 4.124,25. Ao todo foram realizadas 50 operações na Grande Vitória que resultaram na prisão de 33 pessoas e apreensão de 12 adolescentes e 16 armas, sendo duas da Polícia Militar.

 

“Com o reforço do efetivo na Deten foi possível otimizar os resultados da Delegacia e apresentar o bom trabalho que os delegados estão mostrando para a sociedade”, destacou a chefe de Polícia, delegada Gracimeri Gaviorno.

 

A atual equipe da Deten é composta pelo delegado titular Welington Lugão, que assumiu a Delegacia em janeiro deste ano.  Em maio foi a vez do delegado Fábio Pedroto  começar a atuar na unidade e no final do mês de junho chegaram os delegados Fabiano Rosa e Nilton Abdala para reforçar a equipe. “Nos seis primeiros meses deste ano, aumentamos para 94 % o número de resolutividade de inquéritos, em relação ao mesmo período do ano passado. A maioria dos inquéritos daqui está em andamento, não tem nada parado. É claro que a chegada dos delegados contribuiu muito com esses dados, principalmente se considerarmos o perfil pró-ativo deles. É o sangue novo na polícia, oxigenando a Delegacia e sempre trazendo ideias novas”, ressaltou Lugão. 



Segundo os dados estatísticos, cerca de 65% dos suspeitos presos em flagrante por homicídios na Grande Vitória têm relação com o tráfico de drogas.  Já o superintendente de Polícia Especializada, delegado Josemar Sperandio, acredita que esse número chegue a 90%.  Tanto ele quanto Welington Lugão reforçam a ideia de que quando a Deten é fortalecida, por consequência haverá um reforço de outras unidades da Polícia Civil, como a Delegacia de Crimes contra a Vida (DCCV). “Não tem como fugir. Se nós fortalecermos o que pensamos ser o causador dos homicídios, naturalmente o índice de homicídios cairá e é nisso que nós acreditamos”, destacou Josemar.



Lugão compartilha da mesma ideia e vai além. Ele acredita que se os homicidas forem retirados de circulação antes de cometerem o crime, além da redução do número de mortes isso acarretará também no aumento da resolutividade dos inquéritos policiais dessas delegacias. “Assim, essas unidades poderão se dedicar às investigações já existentes. Trabalhamos pensando lá na frente e em ajudar os companheiros de outras delegacias”, analisou Lugão.



Uma das maneiras destacadas pelo superintendente de Polícia Especializada   para fortalecer a Deten é oferecer aos delegados meios para que eles continuem desenvolvendo um bom trabalho em prol da sociedade capixaba. “Buscamos oferecer as melhores condições para essas unidades. No caso da Deten, estamos estudando um projeto para transformá-la em Departamento. Dessa forma, iremos ampliar as nossas atividades, teremos condições de tratar o usuário firmando mais parcerias, mas mantendo nosso foco: reduzir os homicídios”, afirmou Josemar Sperandio.

 

Uma das estratégias utilizadas pela equipe para alcançar esses resultados foi a subdivisão de tarefas. “A ideia de designar um delegado para atuar especificamente em uma região da Grande Vitória surgiu em uma reunião em equipe. Percebemos que a demanda era muito grande para poder ficar concentrada nas mãos de apenas dois delegados, por isso decidimos dividir. Assim, cada delegado com sua equipe cuida de um município”, disse Nilton Abdala.



Ele elenca algumas vantagens dessa estratégia de atuação como o melhor mapeamento das associações criminosas de cada município, a possibilidade de identificação de todos os suspeitos que atuam naquela região, além do estreitamento interpessoal com as equipes de outras delegacias, com os policiais militares e com os membros do Ministério Público daquele município.



“A divisão de tarefas é estratégica, pois conseguimos agir de forma simultânea, realizando operação em todos os municípios ao mesmo tempo. Todo o dia estamos prendendo alguém”, destacou Fabiano Rosa.

 

O titular da Deten esclarece que embora haja essa divisão, ela não é imutável e os trabalhos, bem como as informações são compartilhadas dentro da unidade. “Essa divisão foi feita para acelerar os trabalhos. Optamos por fazer uma gestão descentralizada, na qual os participantes sempre se comunicam e são peças importantes do sistema”, afirmou.



Um dos reflexos dos bons resultados obtidos pela equipe da Deten é o aumento do número de denúncias feitas pelas Disque-Denúncia 181. “Este ano batemos o recorde. São 3.004 denúncias contra 5.671 referente a todo o ano passado. Esse crescimento se deu quando começamos a divulgar a utilização do Disque-Denúncia em nossas investigações. A sociedade passou a ver nosso resultado e sentiu-se estimulada a denunciar cada vez mais”, afirmou Fabiano Rosa.



Ele explica que as denúncias recebidas são analisadas e é feita uma triagem, pois algumas não são de competência da Deten e outras não possuem informações suficientes. “Temos que combater o macro e o micro em se tratando de tráfico de drogas. Por isso, checamos tudo dentro do possível”, assegurou. 



Outro benefício destacado pelo responsável pela Deten é o reconhecimento pelo trabalho realizado. “Nós participamos de um grupo de troca de informações diretas com o secretário de Segurança, André Garcia, com a chefe de Polícia e com o superintendente de Polícia Especializada, delegado Josemar Sperandio.  Todas as nossas ações são compartilhadas e isso permite um reconhecimento imediato do nosso trabalho. Os elogios recebidos são repassados imediatamente para a equipe e isso é importante porque valoriza o trabalho do policial”, declarou.

 

Outras ações

Mas não é só na repressão ao tráfico de drogas que a equipe de policiais da Deten atua.  Eles também desenvolvem ações para prevenção ao uso e venda de entorpecentes. De acordo com o delegado Fabio Pedroto, os policiais da Deten são frequentemente convidados para realizarem palestras educativas em escolas, faculdades e outras instituições.



Recentemente ele, juntamente com o delegado Nilton Abdala fez uma palestra para cerca de 50 alunos do curso de formação de inspetores penitenciários da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus).  Temas como a ‘Toxicologia’ e ‘Causas e Consequências das Drogas’ foram abordados durante o encontro realizado no auditório da Escola Penitenciária (Epen), no Complexo Prisional de Viana.



Além da prevenção e da repressão, existe o trabalho posterior que consiste no encaminhamento social dos usuários, conforme explicou Pedroto. “Temos um convênio com o programa estadual Rede Abraço, que atua com a internação  voluntária de dependentes químicos. Esse trabalho de encaminhar o usuário de drogas também é importante, pois não adianta só prender. Por isso, aproveitamos para dar esse acompanhamento social para evitar que o cidadão seja preso novamente”, alertou.

 

Perfil dos delegados

Welington Lugão tem 50 anos e é natural de Muqui. É pós- graduado em Direito Penal, em Direito Processo Penal e em Poder Judiciário. Está na Polícia Civil desde outubro de 1990 e antes de ir para a Deten, em janeiro deste ano, atuou na 1ª Delegacia Regional de Vitória e na Deacle.



Fábio Almeida Pedroto tem 38 anos, é natural da cidade de Nova Iguaçu, no Estado do Rio de Janeiro, e é pós-graduado em Direito Processo Penal. Antes de passar no concurso de delegado de polícia e tomar posse em abril de 2012, Pedroto foi inspetor penitenciário e policial militar no RJ.  Atua na Deten desde maio deste ano, mas antes trabalhou na Delegacia de Polícia (DP) de Ibiraçu e na Delegacia de Atendimento e Proteção à Pessoa Idosa (Dappi).



Fabiano de Assis Rosa também tem 38 anos, é natural de Vila Velha e pós- graduado em Poder Judiciário e em Direito Processual Civil. Atuava como advogado antes de ingressar na carreira de delegado em julho de 2012. Trabalhou nas Delegacias de Polícia (DP) de Pedro Canário, de Santa Leopoldina, de Fundão e na Delegacia de Polícia de Tóxicos e Entorpecentes de Aracruz.



Nilton Abdala Salles tem 40 anos e é do Estado do Rio de Janeiro. Possui pós- graduação em Direito Penal e em Direito Processual Penal. Foi oficial do Exército e ingressou na Polícia Civil em julho de 2012.  Atuou na DP de Pinheiros e na Delegacia de Crimes contra a Vida (DCCV) de Cariacica.

 

 

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