27/01/2020 13h38

Projeto ‘Homem que é homem’ divulga balanço de atividades de 2019

A Divisão Especializada de Atendimento à Mulher (Div-Deam), por meio da Seção de Projetos Educacionais, Prevenção e Estudo da Violência (SPEV), divulgou o balanço de atividades do projeto “Homem que é Homem” em 2019. O projeto finalizou o ano com a expansão de suas atividades para quatro novos municípios do interior do Estado.

Os municípios de Guarapari, Montanha, São Gabriel da Palha e Viana foram contemplados com a inauguração do Projeto. Segundo a coordenadora do projeto, delegada Natalia Tenório, a expansão do “Homem que é Homem” resulta do diálogo bem feito entre o Estado e o município para o enfretamento da violência contra a mulher. “Devemos ressaltar que o processo de expansão do projeto revela a preocupação dos municípios em combater a violência de gênero também pela perspectiva da prevenção”, afirmou.

A delegada Natalia Tenório acrescentou: “continuamos firmes no propósito de contribuir para o enfrentamento à violência de gênero pela perspectiva da educação e da desconstrução. Para tanto, pretendemos em 2020 avaliar o quanto caminhamos até aqui, fortalecer as redes construídas, aprimorar as técnicas desenvolvidas e, sobretudo, institucionalizar uma eficiente metodologia para que possamos prosseguir expandindo para todo o Espírito Santo esse importante projeto.”

Criado em 2015 por psicólogas, assistentes sociais e delegas da Polícia Civil (PCES), o “Homem que é Homem” já atendeu centenas de homens autores de violência doméstica e trabalha com objetivo de reduzir a reincidência dos autores no crime. “Além do trabalho de repressão aos crimes de violência familiar e doméstica contra mulher, bem como de crimes contra a dignidade sexual, há também o trabalho de prevenção na Div-Deam, traduzido pelo ‘Homem que é Homem’ ”, relatou a titular da Divisão, delegada Cláudia Dematté.

De acordo com a delegada, em 2019 foram realizados seis ciclos de trabalho com homens autores de violência, sendo cada ciclo composto por oito encontros. Ela conta ainda que o projeto foi inserido no programa Estado Presente em Defesa da Vida, desenvolvido pelo Governo do Estado, que compreende um conjunto articulado de políticas públicas, envolvendo Secretarias e órgãos da administração estadual.

“Hoje o Projeto ‘Homem que é homem’ além de estar implementado nos municípios de Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica, já foi expandido para mais nove municípios, Linhares, Cachoeiro de Itapemirim, Marataízes, Aracruz, Colatina, Guarapari, Viana, Montanha e São Gabriela da Palha”, informou a delegada.

A psicóloga do projeto, Ana Paula Patrocínio, afirma que os encontros são baseados na proposta de problematizar a questão da violência e da masculinidade tóxica.

“Nosso principal propósito é o de refletir sobre a possível origem desse sentimento agressivo e induzir ao questionamento de suas atitudes violentas. Para isso, introduzimos nossas reuniões com disparadores, sejam imagens, propagandas ou letras de músicas que levem à discussão de temas como o machismo, masculinidade tóxica e a diferença de gênero”, explicou a psicóloga.

Segundo Ana Paula Patrocínio, muitos homens acreditam que sua masculinidade está relacionada a naturalização de ações violentas contra as mulheres. “Buscamos, cotidianamente, gerar a reflexão e a conclusão de que ser homem não significa, em hipótese alguma, ser agressivo, desrespeitoso ou fazer qualquer mal, seja ele psicológico, emocional ou físico a qualquer mulher. Eles são capazes de mudar”, ressaltou.

Projeto “Homem que é Homem”

Lançado em 2015 e idealizado por psicólogas e assistentes sociais da Polícia Civil, o projeto “Homem que é Homem” foi desenvolvido para contribuir para a redução do índice de reincidência de violência contra a mulher no Estado do Espírito Santo.

Para isso, homens denunciados nos Distritos Policiais de Atendimento à Mulher são convocados a participar de um ciclo de palestras com temas voltados para a desconstrução de ideias sexistas e machistas, a fim de estimular formas pacíficas de lidar com os conflitos.

“Apenas em Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica, o ‘Homem que é Homem’ alcançou cerca de 86 homens autores de violência no ano de 2019. Quando investimos na educação destes homens contra a violência à mulher, investimos no fortalecimento de políticas públicas para as mulheres do nosso Estado”, explicou a psicóloga Natália Patrocínio. De acordo com a delegada Cláudia Dematté, a punição não deve ser a única consequência após a agressão, pois é necessário que tenha um programa educativo para que a violência não se perpetue.

As reuniões acontecem uma vez por semana e totalizam oito encontros, incluindo o de apresentação do projeto. Esses homens participam de encontros organizados por uma equipe psicossocial da Polícia Civil. O primeiro acontece por meio de intimação judicial. Depois, a permanência e frequência aos demais é voluntária. Em cada um são apresentados conceitos para o desenvolvimento da cultura de respeito e não violência.

Os temas abordados contemplam relações de gênero, formas pacíficas de lidar com os conflitos, identificação e reflexão a respeito das violências nas relações, bem como aspectos relativos à relação familiar, propondo pensar o espaço subjetivo ocupado na família como um lugar democrático de convivência.



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