30/07/2019 15h04

Sesp cria divisão de combate à corrupção e ao crime organizado

A medida implantada pelo secretário Roberto Sá visa direcionar os trabalhos policiais para a prisão de pessoas que coordenam a criminalidade no ES.

 A Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) instituiu a criação da Divisão de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Diccor) e da Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor), dentro da estrutura da Polícia Civil. As novas unidades substituem as antigas Divisão de Ações Estratégicas e Delegacia de Crimes Contra a Administração Pública (Decap).

 O Decreto  4479-R, que promove as alterações, sem custos para o Estado, foi publicado no Diário Oficial do Estado da última sexta-feira (26). De acordo com o secretário da Segurança Pública, Roberto Sá, a medida é a consolidação de um pacote de combate à corrupção e ao crime organizado.

 “A gente já tinha esse pensamento desde quando eu assumi, de nos estruturar no sentido de combater também os crimes de colarinho branco. Então essa nova Divisão vai ser a consolidação dessa estruturação”, afirmou.

Roberto Sá destacou ainda que a Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) vai entrar na estrutura da Diccor, que será composta ainda pela Deccor, pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e pela Delegacia de Combate aos Crimes Tributários (DCCOT).

 “Pretendemos inaugurar a Desarme logo no início de agosto e ela será o componente final dessa Divisão, que vai buscar de um lado o combate ao crime organizado e do outro esse foco na corrupção institucional”, declarou o secretário.

 Capacitação

 A inauguração da Diccor vem dias antes da semana de capacitação do Programa de Fortalecimento das Polícias Judiciárias (PFPJ), do Ministério da Justiça, chegar ao Espírito Santo. A Sesp está promovendo nesta semana, em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), treinamentos a policiais civis do Estado.

 O tema do evento será “Corrupção Sistêmica e Delinquência Institucionalizada”. O ciclo de palestras e treinamentos, já realizado nos estados de Pernambuco e do Pará, foi pleiteado pelo secretário Roberto Sá, entendendo a importância das informações que poderiam ser agregadas ao trabalho de polícia judiciária no Espírito Santo.

 “Desde o primeiro momento em que esse curso foi oferecido pelo Ministério da Justiça, demonstrei interesse em trazer para o Espírito Santo, visto que se trata de uma capacitação importante para os nossos policiais. Vai agregar conhecimento na área de combate à corrupção”, explicou.

 O evento

 A capacitação é destinada a 50 policiais civis e delegados do Espírito Santo e da região Sudeste, previamente escolhidos. Na abertura do evento nesta segunda-feira (29), o secretário Nacional de Segurança Pública, Guilherme Theophilo, ministrou uma palestra voltada aos princípios básicos para um bom desempenho no trabalho das forças policiais.

Segundo Theophilo, o resultado do programa traz benefícios para a população: “Ao passar por cada região, realizando a capacitação dos policiais, o Programa reflete diretamente na sociedade brasileira, pois trata-se de um reforço para aprimorar a atuação da polícia judiciária na capacidade investigativa e resolução de crimes”, disse.

 O objetivo principal do PFPJ é aprimorar e fortalecer o trabalho das polícias judiciárias de todo o País, aumentando a capacidade investigativa e de resolução de crimes com impacto positivo na segurança pública de maneira geral. Para transmitir experiências exitosas na condução de trabalhos investigativos da Polícia Federal, a semana de capacitação trará como palestrantes delegados federais de três distintas gerações, responsáveis pelas maiores operações policiais realizadas pela instituição nos últimos 15 anos.

 Nomes como Paulo Lacerda, Getúlio Bezerra, Jorge Pontes, Mauricio Moscardi, Isalino Giacomet, Cleyber Malta e Frederico Skora estão entre os professores. Durante a semana de capacitação serão mostrados estudos de casos e diferentes técnicas operacionais.

 O diretor de Ensino e Estatística (DEE) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e idealizador do PFPJ, Jorge Pontes, ressalta que o momento é de fortalecimento institucional. “Nós vemos a polícia judiciária como um grande instrumento de combate à impunidade por conta do poder de investigação e da capacidade de inteligência. O Programa é ambicioso e tem como objetivo a diminuição das assimetrias e das diferenças existentes entre as polícias civis do Brasil”, contou Pontes.

Segundo ele, casos como Mensalão e Lava Jato serão estudados, e as investigações conduzidas sobre o ex-governador Sérgio Cabral e o ex-presidente Michel Temer serão abordadas pelos próprios investigadores.

Os próximos estados que receberão o PFPJ serão: Goiás e Paraná. Os cinco estados que estão recebendo as capacitações também fazem do projeto-piloto de enfrentamento à criminalidade violenta que terá como cidades participantes: Paulista (PE), Cariacica (ES), São José dos Pinhais (PR), Ananindeua (PA) e Goiânia (GO). O projeto será lançado, em breve, pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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