PCES apoia Polícia de Sergipe em prisão de pastor que praticava crime de estelionato
A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da 4ª Delegacia Regional de Cariacica, em apoio à Polícia Civil do Estado de Sergipe (PC/SE), prendeu, durante cumprimento de mandado de prisão preventiva, um homem de 52 anos, no bairro Campo Grande, em Cariacica, na manhã dessa terça-feira (17). O homem é pastor e empresário, dono de uma rede de óticas, e é suspeito de praticar crime de estelionato em Sergipe.
O suspeito veio para o Espírito Santo há cerca de cinco anos e se instalou no município de Cariacica, onde abriu três óticas que, possivelmente, eram usadas para continuar praticando crimes de estelionato. No Estado de Sergipe, ele havia praticado o golpe contra três vítimas.
"O suspeito está sendo investigado por golpes no Estado de Sergipe. Demos apoio operacional aos policiais de Sergipe e vamos colaborar com as apurações da PC/SE, inclusive em possíveis golpes praticados no Estado”, disse o delegado Augusto Marques, plantonista da 4ª Delegacia Regional de Cariacica.
De acordo com as investigações, o homem atraía pessoas, sempre de natureza muito humilde, com uma proposta de emprego. Após passarem por entrevistas para preencher possíveis vagas na rede, os candidatos tinham dados pessoais recolhidos pelo estelionatário, que, a partir daí, conseguia abrir novos CNPJ em nome dessas pessoas.
“Após abertura da pessoa jurídica, o golpista realizava compras com diversos fornecedores a fim de abastecer a rede de óticas e não quitar as dívidas. Dessa forma, as vítimas somente tomavam conhecimento das compras após serem procuradas pelas empresas responsáveis pela cobrança dos materiais adquiridos pelo homem”, conta a titular do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio da PCSE, delegada Luana Guedes.
Além dessa prática, o acusado ainda usava os próprios funcionários como laranjas, colocando-os como sócios de empresas sem conhecimento deles, se antecipando para casos sofresse possíveis processos judiciais, a partir dos golpes aplicados.
Ele fazia argumentos dizendo que a pessoa seria o braço direito dele na empresa, mesmo não apresentando experiências compatíveis com as funções que seriam exercidas. “O golpista convencia o funcionário a assinar documentos, se colocando como sócias, sempre com o pretexto de estar com pressa para realizar outras atividades. Isso as vítimas só descobriram depois de serem acionadas como também donas da empresa, durante o processo de investigação do caso”, ressaltou a delegada Luana Guedes.
O indivíduo foi recambiado ao Estado de Sergipe, na madrugada desta quarta-feira (18), ficando à disposição da Justiça.
Texto: Fernanda Bollis e Matheus Zardini
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