PCES adere a projeto nacional de busca de pessoas desaparecidas
A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) passará a coletar amostras de material genético de familiares de pessoas desaparecidas, que serão disponibilizados no Banco Nacional de Perfis Genéticos. A iniciativa é da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e, no Espírito Santo, o trabalho será desenvolvido pelo Laboratório de DNA Forense, subordinado à Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC), em parceria com a Delegacia Especializada de Pessoas Desaparecidas (DEPD) e Departamento Médico Legal (DML).
O Banco de Perfis Genéticos (BPG) é mais uma possibilidade de localização de pessoas desaparecidas, uma vez que informações coletadas em diversos Estados poderão ser acessadas e compartilhadas pelos Laboratórios de DNA.
Quando ocorre a notificação do desaparecimento de uma pessoa, ou quando um cadáver é encontrado, podem ser utilizadas ferramentas para auxiliar no processo de investigação e identificação e, entre estas, estão o exame de DNA e os Bancos de Perfis Genéticos. Esses recursos possibilitam a comparação de restos mortais não identificados ou de pessoas de identidade desconhecida com amostras-referência de familiares de pessoas desaparecidas.
Como funciona o cadastro?
O objetivo da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG) é reunir dados de desaparecidos, familiares de desaparecidos, pessoas vivas desconhecidas e de corpos sem identificação. No Espírito Santo, o cadastro poderá ser feito por pessoas que tenham um familiar desaparecido há mais de 30 dias e que tenham registrado Boletim de Ocorrência comunicando o desaparecimento à Polícia Civil.
O agendamento deve ser feito pelo whatsapp do Departamento Médico Legal, no número (27) 3225-8260. No momento do contato, o familiar será informado sobre a data, horário e local da coleta de amostra, que é feita por método indolor, com um simples esfregaço na mucosa da bochecha. O perfil genético obtido não será utilizado para nenhum outro fim, além da identificação do parente desaparecido.
A amostra deve ser coletada de familiar de primeiro grau preferencialmente (mãe, pai, irmão ou filho) e a família também pode entregar objetos de uso pessoal, que possam conter amostras de DNA do parente desaparecido. Pode ser uma escova de dentes, uma aliança, um aparelho de barbear ou até mesmo um dente que tenha sido guardado.
O material será processado no Laboratório de DNA Forense e as informações serão inseridas no Banco de Perfis Genéticos do Espírito Santo, que faz parte da Rede Integrada. Dessa forma, os dados serão confrontados com informações disponibilizadas em outros Estados, ampliando as possibilidades de localização.
O resultado da busca será informado à Delegacia Especializada de Pessoas Desaparecidas (DEPD) e ao Departamento Médico Legal (DML). Se a busca resultar em possível parentesco com dados de uma pessoa viva, a família será comunicada sobre a localização da pessoa. Se houver resultado positivo para alguém falecido, o DML fará contato com a família, para realizar os procedimentos legais.
Atualmente, o Banco de Perfis Genéticos do Espírito Santo tem 16 famílias cadastradas e 170 amostras de restos mortais não identificados. Em todo o Brasil, os Bancos de Perfis Genéticos têm mais de 2600 famílias e 3200 perfis genéticos de restos mortais registrados.
Texto: Camila Ferreira
Assessoria de Comunicação Polícia Civil
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